Seção Poema — Cante, ó alma!

segunda-feira, 30 de maio de 2011 § 0

Cante, ó alma!

João, ou você
José,
pese o amor.
Este fiel
é fiel?

E agora,
cante!
Na tua alma
há música
constante?

O vosso testemunho
é amargor de poço
fundo, cavado sem
necessidade, enchido
pela escravidão.

As vossas ferramentas
não são instrumentos
musicais harmônicos!
O vosso trabalho enfadonho
sustenta este orgulho hediondo.

Querem comer mel?
Derramem o fel em taças!
As taças de cólera
ficarão cheias,
e vossas almas limpas
— se tentados,
não tornem a tomá-las!

Atentai! Minhas palavras
são melhores do que a
vossa vã filosofia.


Wesley Rezende

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