Dez anos após o atentado ao World Trade Center, finalmente as incessantes buscas ao terrorista Osama Bin Laden terminaram. O senso de justiça americano está se aperfeiçoando. Antigamente prendia-se o acusado e entregava-o a um tribunal internacional. Foi assim com Saddam Hussein; preso pelos norte-americanos e entregue a julgamento, foi morto. Tudo muito transparente e legítimo, até a venda dos olhos da Justiça caíram para que pudesse assistir a execução de Saddam — um show que causou náuseas a muitos, e despertou certa dúvida quanto à imparcialidade dos fatos, mas ficou apenas em dúvidas. Osama, pelo contrário, foi julgado e executado pelos americanos. Com talento formidável uniram a justiça e a vingança; e por essa capacidade ser de extremo valor guardam somente para si, junto com as imagens do cadáver. No entanto, dessa vez a sociedade não aprovou a ação. Na verdade não se importa se mataram o artista do terror, mas não admite que não se publique num reality show. A sociedade não quer julgar, mas não abre mão do direito de especular.
Wesley Rezende