Seção Poema — Apelo do Poeta

sexta-feira, 1 de abril de 2011 § 2

Apelo do Poeta

Não quero tristeza,
nem inspirar-me nela.
Os poemas podem contê-la,
mas não meu coração.

Escrevo-a sem vê-la,
e ela salta de alegria 1.
Sem pranto doloroso,
Um choro de alegria.

Se negro está o coração,
o espaço fica em branco;
os versos não se criam
e as rimas não tem graça.

O pecado que me envergonha
é a falta de harmonia.
Não é certo ser triste
e escrever poesia.

O poeta que alegra
e encanta gerações
não pode se valer
da vil hipocrisia.

A poesia vê alegria
nos dilemas e desamores.
Basta o sofrer vivido!
Não flagele a poesia.

1. Extraído do livro de Jó, capítulo 41, verso 22.

Wesley Rezende

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