As Crônicas de Little Ant: Uma Jornada em Busca de Liberdade — Parte V

sábado, 1 de outubro de 2011 § 2

– Contem-me algo interessante! – disse-lhes a rainha, quando finalmente foram introduzidos no ambiente.
– Vou declarar os mistérios das zebras voadoras, e todos vocês ficarão perplexos com tamanhas proezas – disse Little Ant.
Todos gargalharam; inclusive Straw, levado pelas circunstâncias.
Little Ant não permitiu que a intimidação prejudicasse a segurança de seu discurso. Concentrando-se ainda mais, ela deu asas à imaginação:
– As listras das zebras constroem uma ilusão de ótica que escondem suas asas. É por isso que a maioria de nós não conhece a capacidade que elas têm de voar. Mas elas voam! E por que vocês nunca viram? É porque elas voam apenas enquanto chove forte. Mas vocês se escondem quando chove, não é?
Todos gargalharam ainda mais. E em meio às risadas, a abelha rainha disse:
– Podem ir. A lembrança de tamanha tolice é suficiente para me divertir por longos dias.
– Little Ant, leve aquele graveto ali. Ele será útil para nós – disse Straw apressando-se em ir embora.
Temendo que a rainha pudesse mudar de ideia, Little Ant e Straw não esperaram as abelhas pararem de rir para partirem. Quando já estavam num lugar distante, Straw sugeriu um breve descanso. Little Ant soltou o graveto e dirigiu-se a uma planta, onde começou a cortar pedaços das folhas. Straw, então, começou a aproximar-se do graveto. Mas antes que chegasse até ele, o graveto começou a andar.
– Little Ant, você não pegou o graveto que te pedi, você pegou um bicho-pau! – esbravejou Straw.
– Mas por que você está tão bravo assim? O graveto não vai nos fazer falta – gritou Little Ant, ao longe.
– Eu enchi aquele graveto oco com o mel daquelas abelhas tolas! Mas agora já deve ter virado banquete para os cupins!
– Então você descobriu o que é o mel. Que bom!... Mas você teve coragem de roubar? – criticou Little Ant, já perto de Straw.
Straw conteve sua fúria quando percebeu que o que prendia as asas de Little Ant era uma porção de mel cristalizado. Instintivamente, começou a formular planos maquiavélicos para conseguir apropriar-se do mel.
– Se preciso for, eu até mutilo essa borboleta das asas posteriores douradas – Straw avaliou consigo mesmo.
O percevejo propôs que prosseguissem a jornada. Straw, crendo que seria a última oportunidade de conseguir mel, não quis precipitar-se contando a verdade a Little Ant.

(Wesley Rezende)

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§ 2 Response to “As Crônicas de Little Ant: Uma Jornada em Busca de Liberdade — Parte V”

  • Olá meu amigo Wesley! Depois virei com mais tempo apreciar estas leituras por aqui, por hora estou lhe desejando uma semana com alegrias motivadoras e incentivadoras de progresso e muita saúde. Meu abraço com ternura. Luciana Goyaz.

  • Oi, Lou! É sempre bom ter sua visita. Poxa, eu estou devendo uma visita lá no Hermenêuticas...
    Por estes dias passo por lá. Beijos.